Buscar a inovação é uma constante, principalmente nas equipes de TI. A dificuldade de se entender e projetar soluções diferentes e inovadoras que possam ser compreensíveis para todos os envolvidos é uma necessidade — e uma ferramenta que contribui para isso é o design thinking.
Essa abordagem já é aplicada em diferentes setores de negócio, mas ainda pouco difundida na área de tecnologia. Esse cenário precisa mudar — afinal, essa estratégia ajuda a solucionar problemas, traz dinamicidade às ações realizadas e permite alcançar melhores resultados.
Mas o que significa esse conceito? Como aplicá-lo na TI? Qual sua importância para os projetos? Essas são as perguntas que responderemos neste artigo. Acompanhe!
Essa metodologia utiliza técnicas de design para estabelecer o entendimento de diferentes assuntos e perspectivas e criar soluções de problemas. Esse objetivo é alcançado por meio do desenho da construção de conhecimentos, ideias e soluções, em vez de discussão ou textos.
Basicamente, o propósito é utilizar o pensamento crítico e criativo para organizar as informações e as ideias. Com isso, é possível tomar decisões, aperfeiçoar as situações e adquirir o aprendizado necessário.
A base dessa estratégia é a inovação. Por isso, por mais que os profissionais sejam de outras áreas, a proposta é que pensem como um designer. Dessa maneira, visualizam aspectos emocionais, cognitivos e estéticos para observarem situações com empatia e identificarem problemas a serem solucionados. As soluções também passam por esse critério, a fim de atenderem às demandas e gerarem conhecimento.
Dentro desse contexto, as estratégias de design são passíveis de utilização na área de TI. Elas podem ser utilizadas, por exemplo, como técnicas em reuniões de entendimento de problemas e necessidades de clientes. Com isso, fica mais fácil compreender problemas e encontrar gargalos, bem como identificar os riscos de processos e a falta de procedimentos para delinear soluções.
No entanto, existem outras aplicabilidades, como veremos a seguir. Ao utilizar o design thinking, os dois principais benefícios alcançados são:
A ideia ao empregar essa estratégia na TI é antecipar a resolução de problemas e, com isso, alcançar a redução de custos. Os incidentes são identificados antes de o projeto ser finalizado, porque os integrantes têm uma visão holística das atividades. Da mesma forma, os clientes se sentem mais satisfeitos com os resultados parciais e finais, situação que agrega valor ao seu negócio.
Para que esse resultado seja alcançado, é preciso implementar as 5 etapas que estão descritas a seguir. Em todas elas, é fundamental utilizar as técnicas de design para alcançar melhores resultados. Confira!
O primeiro passo é delimitar os problemas a serem solucionados e quais pessoas estão envolvidas neles, por exemplo, clientes, usuários, colaboradores etc. Identifique as necessidades que precisam ser atendidas e considere a opinião dos profissionais envolvidos. Verifique ainda quais são as expectativas e as ideias de cada indivíduo participante do projeto.
Perceba que esse estágio exige um processo de imersão, para que sejam observados diferentes ângulos do cliente, da empresa e do mercado. Ele pode ser preliminar, quando são realizadas pesquisas exploratórias ou referenciais, ou em profundidade, nos casos em que são utilizadas diferentes referências para uma análise multidisciplinar.
Nesse momento, você pode identificar problemas pequenos, do dia a dia, ou até outros maiores. Alguns exemplos são a necessidade de alterar rotinas, mudar o layout de um produto ou adotar alguma ferramenta para aperfeiçoar a segurança dos equipamentos utilizados.
Por exemplo: se sua empresa desenvolve aplicativos de gestão, pode chegar à conclusão de que o cliente precisa de uma ferramenta personalizada para que seja adaptada ao seu negócio. Para isso, você deve conhecer o dia a dia dos profissionais, o que eles fazem e quais são suas principais dificuldades no dia a dia.
Nessa etapa, o objetivo é desenvolver a empatia dos envolvidos no projeto. O propósito é que eles se coloquem no lugar do usuário para detectar desafios, limitações e possibilidades de solução. Para isso, é preciso considerar o público que será afetado pela proposta.
Delineie personas, ou seja, personagens semifictícios que representam os usuários, e detalhe suas necessidades, desejos e desafios. A partir disso, a usabilidade e as utilizações cotidianas precisam ser analisadas, porque é a partir dessa etapa que o resultado obtido será o esperado.
No caso do exemplo citado, imagine que você percebeu que a dificuldade do cliente são os processos manuais, que geram erros e retrabalhos. Sua equipe de TI, portanto, deve detalhar todos esses desafios, mexer nas ferramentas atuais, executar algumas funções etc. para ter ideia de como é a rotina na organização.
Essa é a etapa do brainstorming, isto é, a coleta das ideias surgidas depois das duas fases já realizadas. As considerações dos clientes precisam ser levadas em conta para que as propostas sejam filtradas e se torne possível chegar a um método executável.
No entanto, esse processo contempla tanto sugestões positivas quanto negativas. Anote todas elas, pois uma ideia pouco aplicável pode se transformar em um bom parecer. Depois de chegar às melhores opiniões, é o momento de as traduzir para o modelo de negócio. É assim que somente os bons insights são utilizados.
Voltando ao exemplo, algumas ideias podem ser referentes a funcionalidades, usabilidade, layout, dashboard com os principais dados necessários etc.
A penúltima etapa é o desenvolvimento do protótipo do projeto, embasado na investigação e nas ideias previamente concebidas. O intuito é anteder às demandas do cliente para chegar a um produto mínimo viável (PMV). Depois disso, é iniciada a fase de testes.
O próximo passo é definir as métricas relevantes para mensurar a performance do resultado alcançado. Por exemplo, se a ideia fosse implementar um e-commerce, a proposta seria analisar o número de visitas, a rentabilidade ou a taxa de conversão.
Por sua vez, na criação de uma ferramenta de gestão, algumas métricas podem ser tempo de downtime, prazo de resposta, retorno sobre o investimento (ROI), lucratividade e mais. A partir desses dados, fica mais fácil saber o que precisa ser ajustado.
Tenha em mente que, em todas essas etapas, é preciso que as pessoas que compõem a equipe ajudem no processo e apontem o que é necessário para elaborar melhorias.
A ideia é verificar se as exigências do cliente são cumpridas. Lembre-se de estar em contato com os usuários para que eles indiquem potenciais melhorias e otimizações. Da mesma forma, realize provas de usabilidade para que o resultado final seja o mais preciso possível.
No caso do desenvolvimento da ferramenta de gestão, que estamos colocando como exemplo, a ideia é que os profissionais da empresa utilizem as funções, verifiquem o dashboard e analisem todos os aspectos para saber se o uso é intuitivo e simples.
A partir destes testes realizados, é possível decidir se as métricas que foram estabelecidas na etapa anterior estão de acordo com o objetivo do projeto.
O design thinking é uma abordagem inovadora e que garante precisão nas atividades realizadas. Por meio dessa prática, sua empresa consegue alcançar públicos diferenciados e ser dinâmica. Em outras palavras, adapta-se bem à realidade do mercado, que muda de maneira constante.
Por que isso acontece? A resposta é simples: por agregar uma visão mais ampla de causas e soluções, essa estratégia considera o contexto, a cultura e as experiências de cada indivíduo. Além disso, é implementado um trabalho multidisciplinar, que proporciona interpretações diversas e agrega valor para chegar a soluções inovadoras.
Inclusive, na avaliação de cenário e identificação de oportunidades de melhoria, o design thinking pode ser utilizado como ferramenta de aprimoramento nas reuniões. Isso é especialmente indicado no mapeamento de processos TO BE, que discute, define e documenta situações futuras para fazer um redesenho ou modelagem. O resultado é o aperfeiçoamento contínuo dos procedimentos executados no seu negócio, com total adaptação às necessidades atuais.
Inclusive, uma das propostas do design thinking é garantir que, se for para errar, que se erre o mais rápido possível. Isso diminuirá os gastos no caso de uma decisão errada.
E você, ficou interessado em aperfeiçoar os seus processos, inovar e até em aplicar o design thinking na sua empresa? Entre em contato com a ProMove e veja com nossos consultores como podemos ajudar seu negócio a alcançar o sucesso!
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