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Escrito por: David Zanetti

Quando: 4 de junho de 2024

Gestão Híbrida: Entenda a eficiência dos métodos ágeis com controle organizacional

Não há dúvidas de que os métodos ágeis conquistaram um lugar de destaque no ciclo de desenvolvimento das empresas, especialmente no setor de tecnologia. Atualmente, muitas organizações adotam metodologias ágeis ou baseadas nelas, como Scrum, XP, Kanban (que apesar de não ser exatamente ágil, serviu de inspiração para os valores e cultura), SAFe, entre outras.

Isso se deve à natureza dessas atividades, que acabam por se adequar a situações em que requisitos não são totalmente conhecidos inicialmente, ou tendem a mudar de acordo com a construção e visualização do produto, onde se ganha conhecimento progressivo sobre o que de fato será o produto em desenvolvimento.

Em meio à incerteza, o desenvolvimento iterativo e evolutivo se destaca por sua adaptabilidade em comparação a modelos mais tradicionais. A ideia é ajustar a solução e o trabalho à medida que se ganha entendimento detalhado sobre aquilo que se está construindo.

Ainda que essa seja a realidade do desenvolvimento de software na maior parte das vezes, há muitas vezes a necessidade de se estabelecer prazos, controlar custos, estabelecer previsão de recursos, etc., mesmo que não a nível operacional, mas sim a nível estratégico.

 

Desafios da Implementação Ágil

Lidar com previsões de prazos, custos, alocação de recursos, entre outros aspectos, e alinhar essas metodologias aos objetivos estratégicos da organização em um cenário de incertezas é um desafio complicado.

Muitas empresas que se aventuram pelos métodos ágeis ainda possuem uma mentalidade gerencial focada em controle, principalmente em diretorias, escritórios de projetos e outros níveis de gestão não totalmente integrados à operação. Geralmente, é na operação que as metodologias adaptativas encontram maior aceitação.

Então, como conciliar o controle com uma abordagem adaptativa? A resposta está na gestão híbrida de projetos.

 

Por que implementar Gestão Híbrida?

A Gestão Híbrida envolve a criação de uma metodologia de trabalho que reflita a cultura organizacional, valores, normas e expectativas de cada empresa, combinando métodos ágeis adaptativos com abordagens tradicionais preditivas.

A ideia central é aproveitar o que cada mentalidade oferece de melhor para auxiliar a organização a alcançar suas metas, tanto os relacionados aos projetos desenvolvidos quanto às metas estratégicas organizacionais.

Embora a cultura ágil e seus valores sejam admiráveis na teoria, aplicá-los em diferentes contextos não é simples. Existem metodologias que buscam expandir a cultura ágil para todos os níveis da organização. Os exemplos mais conhecidos são o SAFe (Scaled Agile Framework) e o LeSS (Large-Scale Scrum)

Basta buscar um pouco de informações para entender que esses modelos enfrentam desafios complexos e frequentemente demorados para implementação. Isso se deve, mais uma vez, à natureza do trabalho em cada nível de gestão operacional.

Modelos ágeis se encaixam muito bem em departamentos de desenvolvimento de produtos, por exemplo, mas podem não ser tão adequados em áreas comerciais, escritórios de projetos (PMO) ou no contexto da diretoria da organização.

 

Conciliando Controle e Adaptabilidade

O importante é buscar uma estrutura de trabalho que se adapte aos ambientes onde a gestão tradicional ainda é mais adequada, mas que também converse harmoniosamente à operação ágil, onde entradas, saídas e responsabilidades são claramente definidas e gerenciadas.

O DA (Disciplined Agile) é uma boa referência para implementar essa abordagem híbrida. No entanto, é importante entender que não existe uma solução única e perfeita que se aplique a todas as organizações.

 

Considerações Finais

Ainda há muito o que se discutir aqui e esse tema será foco de nossos artigos e posts futuros. A gestão híbrida de projetos não se trata de um processo, mas sim de um conjunto de abordagens ágeis e enxutas que equilibra a auto-organização com a cultura e as restrições específicas de cada contexto organizacional.

A chave está em adaptar as metodologias às especificidades de cada organização, criando uma abordagem que equilibre as melhores práticas de ambos os mundos para atingir os objetivos estratégicos e operacionais.

 

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David Zanetti

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